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A ciência revela os segredos dos odores que guiam os mosquitos até suas vítimas. | Freepik
Nova pesquisa revela por que alguns cheiros corporais atraem mais mosquitos do que outros, um avanço significativo para a compreensão do comportamento desses insetos. O estudo detalha as substâncias químicas específicas que tornam certos indivíduos mais suscetíveis às picadas.
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Pesquisadores dos EUA e Zâmbia construíram uma “arena de voo” de 20 metros quadrados, liberando 200 mosquitos famintos por noites consecutivas.
Eles monitoraram a atividade dos insetos com câmeras infravermelhas, buscando avaliar as preferências olfativas durante o pico de atividade dos mosquitos, quando caçam suas presas.
Os mosquitos se guiam por odores corporais e dióxido de carbono para localizar humanos. A equipe de pesquisa coletou amostras de ar noturnas para identificar e comparar 40 componentes químicos do odor de cada pessoa participante.
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Eles descobriram que os mosquitos eram consistentemente atraídos por certos odores em detrimento de outros, revelando uma preferência clara por quem exalava mais ácidos carboxílicos.
Esses ácidos provavelmente são produzidos por micróbios da pele, indicando uma relação direta entre a microbiota cutânea e a atratividade para os mosquitos.
Por outro lado, o odor corporal de pessoas com níveis mais baixos de ácidos carboxílicos e elevados de eucaliptol demonstrou ser menos atraente.
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O eucaliptol, um químico provavelmente derivado de alimentos e aromatizantes à base de plantas na dieta de uma pessoa, era altamente abundante no odor corporal do sujeito menos preferido no estudo.
Isso sugere que a dieta pode influenciar a composição do odor corporal, tornando alguns indivíduos naturalmente menos suscetíveis às picadas de mosquitos.
Os pesquisadores se surpreenderam com a eficácia dos mosquitos em localizar e escolher entre potenciais hospedeiros dentro da vasta arena de voo.
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“Quando você vê algo movido de um pequeno espaço de laboratório onde os odores estão ali, e os mosquitos ainda os encontram neste grande espaço aberto em um campo na Zâmbia, isso realmente reforça o quão poderosos são esses mosquitos como buscadores de hospedeiros”, disse a química analítica Stephanie Rankin-Turner.
Essa capacidade notável destaca a sofisticação da navegação dos mosquitos em ambientes complexos. Os mosquitos tipicamente caçam humanos entre 22h e 2h da madrugada, utilizando rastros de cheiro e correntes de ar para entrar nas residências e picar.
A pesquisa focou no mosquito africano da malária, um vetor prolífico da doença na África Subsaariana.
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Compreender os fatores que impulsionam a atratividade humana para esse vetor de doença é crucial. Pesquisas anteriores já mostram que mosquitos usam uma variedade de sinais sensoriais, incluindo calor, visão, dióxido de carbono e umidade, além do odor, para identificar seus alvos.
O odor corporal e o dióxido de carbono podem alcançar até 60 metros, enquanto o calor atinge até 50 cm e os sinais visuais entre 5 e 15 metros, o que explica a capacidade dos mosquitos de encontrar suas vítimas em grandes distâncias.
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